Hoje,
dia 5 de março, nossa querida Lua Blanco, a Roberta de Rebelde, está
completando 25 anos. Seus pais são músicos e sempre ouviram muita MPB e Bossa
Nova. Confira a entrevista que a gente fez com a Lua na qual que ela conta um
pouquinho como foi crescer numa família tão voltada para a música, e como isso
influenciou a sua carreira.
Você
não é carioca?
Não,
eu nasci em São Paulo. Mas depois eu já fui pro Rio. Eu me mudei muito na
infância porque meus pais trabalhavam com música, faziam projeto social. Eu até
cheguei a morar no Peru por dois anos. Inclusive o Daniel, meu irmão, nasceu
lá.
Então
você também fala espanhol?
Eu
falei fluente na época, mas eu tinha oito anos de idade. Hoje em dia eu entendo
tudo, mas por falta de prática eu não mantive. Mas eu tenho uma noção base da
língua.
Você começou a se
envolver com música logo cedo?
Eu comecei logo cedo, eu não
sei exatamente quando foi porque meu pai sempre tocou, a gente sempre cantou,
sei lá, seis anos de idade tem foto minha no palco.
O que você ouvia
naquela época?
A gente ouvia o que meus
pais ouviam, eu fui criada ouvindo Beatles, The Carpenters, Elton John... Meu
pai e minha mãe cantavam juntos, então a gente ia ouvindo e cantando junto. E
muita Bossa Nova por causa do meu avô [Billy Blanco]. Era muito João
Gilberto e Tom Jobim.
Você escuta estes
artistas até hoje?
Muito.
Você chegou a fazer
aulas de músicas?
Fiz. Fiz aula de canto
várias vezes ao longo da minha adolescência. Fiz alguns anos de aula de violão,
que não rendeu muito porque eu continuo só arranhando no violão
[risos]. E a gente tocava com a minha família, a Família Blanco.
Fazíamos muitos shows, foi a minha experiência inicial de palco. Tocávamos em
festas de casamento, até velório a gente já tocou. Sempre foi assim, puxa um
violão, todo mundo sabe o que cantar. Foi uma boa construção, uma boa
preparação. E quando eu entrei na faculdade que eu comecei a minha banda,
descobri meu próprio caminho dentro daquilo que minha família tinha me passado.
Eu comecei a gostar mais de rock, de algo mais pesado, comecei a querer gritar
mais, e não mais fazer aquela voz suave da Bossa Nova.
Como uma pessoa pisa
na bola com você?
Quando trai a minha
confiança. Confiança é uma coisa que se constrói. Eu sempre confio até me
provarem o contrário. E tem certos elos que uma vez rompidos, não é impossível,
mas é muito difícil de reconstruir. Pode rolar desentendimentos com pessoas que
você ama, mas tem certas linhas que não se ultrapassa, porque se ultrapassar
você tem a chance de perder aquele relacionamento. Tanto em amizade quanto em
namoro, uma vez perdida a confiança você pode até perdoar, pode querer tentar de
novo, quando rompe aquele elo de confiança comigo, eu até tento, mas tenho muita
dificuldade de reconstruir. Eu já consegui, é possível, mas é muito
difícil.
Fonte:
Revista DM
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