domingo, 6 de maio de 2012

Addicted



50º Capitulo - Addicted *ùltimo capitulo*








Encostei minha testa na dela e respirei fundo tentando absorver o máximo daquele momento que eu podia.
Eu queria guardar aquilo pra sempre, aquela sensação de ter a Lu do meu lado e saber que ela é minha, ver aquele sorriso lindo no rosto dela a felicidade clara e pura em seus olhos para quem quisesse ver. Não havia nada mais do que eu poderia querer do que aquilo. Tudo que eu sempre quis estava ali e aquele momento clichê me fez ter a certeza de que eu era de fato um cara de sorte.

- Não acredito que eles fizeram mesmo aquilo! – Lua falou rindo enquanto subíamos o elevador.
No final da festa Chay e Micael, já com um nível alto de álcool circulando pelo sangue, pegaram o microfone e pediram suas respectivas namoradas em casamento. Sophia e Ashley ficaram totalmente sem reação quando a festa inteira começou a aplaudir e o DJ colocou uma musica romântica pra eles dançarem. Só não era garantido que eles lembrariam daquilo depois.
Me virei para a Lu ainda rindo e analisei o vestido dela tentando me decidir como iria pegar ela no colo. Ela rolou os olhos.
- Arthur, esse vestido é enorme e pesado, você não vai conseguir. – Riu enquanto saíamos do elevador.
- Claro que vou! – Falei com convicção quando paramos observando o pequeno corredor que tinha uma enorme porta dando acesso ao quarto mais luxuoso do hotel. Presente de casamento da minha mãe. - Segura o cartão. – Lhe entreguei o cartão que era a chave da suíte e ela riu pegando-o da minha mão. Respirei fundo e a segurei pela cintura passando o outro braço desajeitadamente por detrás de suas pernas e a carregando. A quantidade de tecido que havia no vestido não facilitava meu trabalho, mas com um pouco de esforço caminhei até a porta e a Lu encaixou o cartão destrancando a porta e a abrindo nos revelando o enorme quarto da suíte.
Em uma parte as paredes eram de vidro e mostravam a bela vista que o quarto mais alto do hotel podia dar. Caminhei até lá ainda com a Lu em meu colo e parei perto dos vidros.
- Uau. – Ela falou baixo observando a cidade iluminada lá fora. Ao longe era possível ver a London Eye e suas luzes que chamavam a atenção. – É lindo. – Ela falou me olhando. Eu sorri.
- Só não é mais lindo que você. – Clichê.
- Bobão! – Ela deu língua. – Amo você. – Seu polegar acariciou minha bochecha e eu aproximei meu rosto do seu.
- E eu amo você. – Falei antes de selar meus lábios nos dela.
Caminhei cegamente até a enorme cama que ficava do outro lado do quarto e deitei a Lu com cuidado sobre ela. Tirei meu paletó rapidamente, afrouxei minha gravata ao mesmo tempo em que abria alguns botões da camisa.
A Lu riu da minha pressa e tirou os sapatos me puxando pela gravata e voltou a me beijar enquanto desabotoava minha camisa lentamente. A camisa escorregou por meus ombros e eu a joguei ao lado da cama. Minhas mãos procuraram o fecho do vestido da Lu e por mais que eu tentasse não conseguia achar.
- Calma, cuidado com meu vestido. – Ela riu se afastando de mim e levantou da cama. – Vem, me ajuda. – Ela se virou de costas pra mim e mostrou onde estava o fecho. Eu ri baixo vendo que ele ficava escondido e eu provavelmente nunca o acharia.
Beijei seu ombro descoberto enquanto descia o zíper do vestido e passava meu dedo carinhosamente pela parte de suas costas que ia ficando desnuda. Senti ela se arrepiar quando o zíper chegou até o final do fecho e eu com cuidado abaixei o vestido ajudando-a a tirar ele.
Ela se virou de frente pra mim usando apenas uma calcinha branca enquanto com um dos braços ela cobria os seios. Sorri me aproximando dela e segurei seu braço o abaixando e a deixando sem graça quando observei seu corpo praticamente nu. Segurei seu rosto com as duas mãos e a beijei novamente sentindo nós dois nos entregarmos completamente aquele beijo.
Aquela noite ela foi mais minha do que nunca, e eu fui mais dela do que nunca.
Porque estávamos exatamente aonde devíamos e queríamos estar.



- Austrália! – Falei sorrindo quando desembarcamos no Kingsford Smith, em Sidney. Iríamos passar quinze dias em lua de mel e nem precisamos discutir pra saber onde ela seria. A Lu sabia que meu sonho era a Austrália e ela também sempre quis conhecer.
- Aaai, não acredito que vamos passar nossa lua de mel na Austrália. – Ela falou com um sorriso brincando em seus lábios. – A casa é em frente à praia?
- Com vista pro mar. – Confirmei sorrindo.
Caminhamos até a parte de fora do aeroporto, onde pegamos um táxi e eu dei o endereço da casa que havíamos alugado. Um amigo da minha mãe já havia alugado aquela casa alguns meses antes, e deu a idéia de ficarmos nela também.
- Quinze dias sem fazer nada! – Falei abraçado à Lu dentro do táxi. – Depois de tanto trabalho gravando o CD, nem acredito que vou ter um descanso.
- Hm... você veio pra cá pra descansar então? – A Lua deu um sorriso malicioso.
- Nah, eu vim me aproveitar da minha mulher e espero que ela não me dê um minuto de descanso. – Pisquei pra ela que gargalhou.
- Não vou dar mesmo. – Ela me deu um selinho rápido e sorriu. – Tenho que me aproveitar enquanto meu marido não fica famoso. Depois disso vou ter que agüentar as adolescentes correndo desesperadas atrás de você. – Fez uma careta.
- Eu não troco nem mil adolescentes pela mamãe mais linda. – Beijei sua testa e ela riu encostando a cabeça em meu ombro.
A viagem do aeroporto até a casa demorou um pouco. A Lu estava aproveitando para tirar várias fotos e surtar completamente com a beleza da cidade.
Quando saltamos do táxi nos deparamos com uma casa creme com portas de madeira escura e que ficava numa parte alta em que dava pra ver perfeitamente a praia na parte de trás. Um muro baixo ficava um pouco a frente o jardim não era muito grande, na frente havia apenas um espaço para guardar carros. Entramos na casa e a Lu correu para a parte de trás, passando pela sala e pela cozinha rapidamente. Botei as malas no canto da sala e fui também para a parte de trás. O jardim era maior que o da frente e havia uma piscina não muito grande que ficava metade na sombra e a outra metade no sol.
- Amor, olha essa vista. – A voz da Lua chamou minha atenção e eu atravessei o jardim chegando onde ela estava. – É uma das coisas mais lindas que eu já vi. – Ela tirou uma foto e eu a abracei por trás encostando meu queixo em seu ombro e sorri. Era realmente uma vista perfeita e digna de fotos. O mar era completamente azul e a areia branquinha, dava pra ver várias pessoas surfando e outra estiradas na areia pegando sol.
- Quero surfar! – Falei animado.
- Quero ver você surfando! – Ela brincou e eu dei língua. – Vamos trocar de roupa que eu quero aproveitar o máximo minha lua-de-mel. – Lua se virou me dando um selinho, mas eu a puxei de novo e aprofundei um beijo fazendo com que ela sorrisse e me abraçasse pelo pescoço.
- Antes de ir pra praia, a gente podia estrear a casa. Algo me diz que a cama daqui é maravilhosa. – Brinquei vendo-a arquear uma sobrancelha e depois sorrir maliciosa.
- E algo me diz que essa lua-de-mel promete! – Ela me deu um selinho e me puxou pra dentro da casa.

Já faziam dez dias que nós estávamos na Austrália. Nossas peles já estavam totalmente bronzeadas e a Lu não parava de reclamar sobre como ela estava gorda e de como precisava parar de comer toda a aquela comida gordurosa australiana.
Eu estava saindo da água e indo em direção a Lu que estava deitada em uma daquelas cadeiras de praia e com o ipod no ouvido. Uma loira passou pela minha frente e inconscientemente eu olhei para... bem, a bunda dela, afinal eu sou homem.
Quando sentei ao lado da Lua recebi um tapa no braço que fez minha pele arder por estar queimada demais.
- Outch! – Falei passando a mão pelo meu braço. Ela não falou nada, apenas levantou a mão e girou a aliança o dedo. – Desculpa, eu só olhei, foi sem querer. – Falei emburrado. Mulheres nunca irão entender que nós podemos amá-las e ainda assim olhar para outras mulheres. Olhar nem tira pedaço!
- Tô começando a entender essa sua adoração pela Austrália. – Ela comentou séria. Suspirei audivelmente balançando a cabeça em negação.
- Nem começa, Lua. – Acho que a insegurança era o pior defeito que a Lu tinha, até porque era totalmente absurda diante de tudo que eu já havia dito pra ela. Senti seus olhos em mim enquanto encarava o mar calmo à minha frente.
- To sendo insegura de novo, não to? – Perguntou num tom baixo e eu confirmei ainda sem olhá-la. – Desculpa. – Suspirou baixo.
A olhei com os olhos apertados por causa do sol e sorri fraco me aproximando dela e lhe dando um selinho. Ouvi meu celular tocar a Lu o pegou na bolsa e me entregou. Uma foto minha com Micael estava no visor.
- Fala, cara. – Falei animado.
- NOSSO CD É NUMBER 1!!! – Ele gritou e eu ouvi risadas no fundo. Demorei alguns segundos pra entender.
- O QUE?? – Perguntei incrédulo e ele riu.
- Vou botar no viva voz. – Dois segundos depois ouvi gritos.
- NOSSO CD É NUMBER 1, PORRA!! – Várias vozes falaram ao mesmo tempo e eu sorri sem acreditar e me levantei num pulo. A Lu me olhou assustada e se levantou também ficando na minha frente.
- O TELEFONE DA GRAVADORA NÃO PÁRA DE TOCAR, JÁ TEMOS ENTREVISTAS AGENDADAS E OS SHOWS JÁ VÃO SER MARCADOS!! – Foi a vez do Chay gritar.
Abri a boca na tentativa de falar alguma coisa, mas meu coração ainda estava acelerado e minha cabeça estava girando. Sorri pra Lu vendo-a sorrir de volta mesmo sem saber o que estava acontecendo.
- PORRA!! – Foi a única coisa que eu consegui gritar ao mesmo tempo em que abraçava a Lu e ela ria sem entender nada. – Eu... ligo pra vocês mais tarde pra saber direito das coisas.
- LIGA PRO MEU CELULAR QUE A GENTE VAI SAIR PRA COMEMORAR!!! – Micael gritou antes de desligar na minha cara. Olhei pro celular ainda incrédulo e ouvi a voz da Lu nervosa.
- Fala, o que aconteceu? – Ela sorria como se já soubesse.
- Nosso CD... – Falei respirando pausadamente. – É number 1!!! – A segurei pela cintura e a girei no ar ouvindo ela rir enquanto me abraçava apertado.
- Eu... – Ela me deu um selinho. – Sempre... – Outro selinho. – Soube. – Outro selinho. – Tava na cara que vocês iam ser um sucesso. Falei que meu namorado-agora-marido é foda! – Ela sorriu boba me fazendo rir.
- Cara, eu nem acredito. – Falei a colocando de volta na areia e ela passou a mão por meus cabelos molhados que caiam na testa. – Vai ser estranho quando a gente voltar. – Ri ainda sem acreditar.
- Vão ter várias groupies lá no aeroporto esperando pra te atacar. – Ela brincou.
- Nah, a única groupie que eu quero já é minha e só minha. – A olhei vendo-a balançar a cabeça em concordância antes de me beijar sem se preocupar se estávamos em publico ou não.


1 ano depois.

- Arthur, eu to ficando nervosa! – A Lua falou rindo no banco do carona.
- Calma, amor. A gente já tá chegando. – Ela botou a mão na venda que cobria seus olhos e eu a tirei de lá. – Não tira, droga! – Falei rindo.
Ela bufou frustrada arrancando uma risada de Diego no banco traseiro.
Quando estacionei o carro ela tirou o cinto as cegas e abriu a porta antes mesmo de esperar para que eu a ajudasse. Peguei Diego no banco de trás e o botei no chão. Ele correu e segurou uma das mãos da Lu, enquanto eu segurei a outra.
- Vai logo, Arthur! – Falou impaciente nos fazendo rir mais uma vez.
- Pronto, fica parada aqui. – A coloquei de frente para a enorme casa a nossa frente. Desamarrei a venda de seus olhos ainda impedindo-a de ver e aproximei minha boca de seu ouvido. – Feliz aniversário. – Tirei a venda e ela piscou os olhos algumas vezes tentando se acostumar com a claridade.
- Arthur! – Ela praticamente gritou segurando em meu braço e eu sorri. – Isso.. essa... esse não é meu presente, é? – Perguntou incrédula e eu ri confirmando.
- É! Nossa casa. – Falei calmamente e ela me olhou por um segundo antes de olhar novamente para a casa. Estendi minha mão aberta mostrando a chave na palma da minha mão e ela soltou um gritinho histérico. – Vai lá, é sua! – Sorri a encorajando.
Ela respirou fundo antes de pegar Diego no colo e depois pegar a chave na minha mão caminhando lentamente até a porta de madeira escura. Vi seus olhos admirarem mais uma vez a casa antes dela girar a chave e abrir a porta.
A casa tinha uma sala enorme, que por estar sem móveis parecia ser ainda maior. As paredes eram claras e o chão de mármore brilhava de tão limpo. A escada ficava mais no canto perto da porta que levava até a também enorme cozinha. Havia três grandes janelas na sala, e perto da escada uma varanda envidraçada que dava na lateral oposta da casa.
- Arthur... – A Lua botou Diego no chão ainda com a boca aberta nos fazendo rir. – É linda... e enorme.
- E é nossa. – Completei fazendo com que ela me olhasse sorrindo.
- É perfeita. – Ela me abraçou e segundos depois a ouvi soluçar baixinho com o rosto escondido na curva do meu pescoço. – Eu amo você, tanto, tanto, tanto. – Falou baixo apertando seus braços em minha cintura.
- E eu amo você mais do que tudo e quero fazer de você a mulher mais feliz do mundo. – Dei um beijo perto de seu ouvido.
- Você já me faz a mulher mais feliz do mundo, sempre fez. – Ela riu se afastando e eu passei o polegar por seu rosto enxugando as lágrimas que ela havia deixado cair. – A gente poderia morar embaixo da ponte, e ainda assim eu seria feliz por ter você do meu lado.
- Mas a gente não precisa morar embaixo da ponte e você pode ter certeza que a ultima coisa que eu quero é sair do seu lado. – Beijei seus lábios rapidamente e sorri. – Quer fazer um tour pela nossa nova casa? – Perguntei animado e ela riu concordando e entrelaçando a mão na minha.
- Eu já escolhi meu quarto! – Diego gritou do andar de cima nos fazendo rir. O pirralho ficava cada dia mais ousado e desde que fizera cinco anos virara uma matraca.
Eu mostrei a casa inteira para a Lu enquanto ela sorria e ia dizendo como iria decorar cada cômodo e quais móveis novos iria comprar. Ainda me fez prometer que iria deixá-la pagar parte dos móveis já que agora estava formada e trabalhando em uma empresa ganhando um salário bom.
- Cama king size é mais bonita e mais confortável. – Ela falou observando nossa suíte.
- Também acho. – Concordei com um risinho malicioso fazendo-a rir.
Descemos até o enorme jardim tão sonhado por ela, com uma piscina e mais ao fundo havia um quiosque. Rimos nos entreolhando e adivinhando facilmente o que estávamos pensando. Aquela era a casa que a gente sempre havia sonhado em morar.
Diego veio de encontro a nós e segurou minha mão livre.
- Eu gostei dessa casa. – Ele sorriu observando a piscina. – Quando a gente se muda? – Nos olhou com os olhos brilhando de excitação.
- Em breve, tampinha. – Sorri vendo-o concordar freneticamente.
Nos viramos para entrar novamente na casa e a Lu riu sem motivos aparentes. A olhei com a sobrancelha arqueada e ela me puxou pela mão me fazendo sentar na escada e sentando ao meu lado com Diego no colo.
- Eu sei que o aniversário é meu. – Ela sorriu boba. – Mas eu tenho um presente pra você. – Trocou um olhar rápido com Diego que riu me olhando.
Encarei os dois tentando prever o que eles iam dizer, mas nada me veio em mente.
- E cadê? – Perguntei curioso. Diego sorriu.
- Tá aqui ó. – Ele botou a mão na barriga da Lu que abriu um sorriso imenso.
- Vai demorar mais alguns meses pra chegar. – Ela botou a mão na barriga por cima da de Diego enquanto eu sentia minha boca ir se abrindo cada vez mais.
Vi uma lágrima descer lentamente pelo rosto da Lu e encarei aqueles dois sorrisos na minha frente. Os dois sorrisos que eu mais amava e que mais me davam confiança. Os dois sorrisos que eu não agüentaria ver se apagar e não conseguiria viver sem. E em breve seriam três sorrisos.
Comecei a rir alto fazendo eles dois rirem também e os abracei beijando a cabeça de Diego e dando um selinho rápido na Lu.
- Vocês três são minha vida. – Falei dando ênfase no três.
- Eu amo você. – A Lu me deu um beijo de leve no pescoço e eu sorri a abraçando mais apertado.
- E eu sou completamente
viciado em você.

 


 

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