domingo, 28 de outubro de 2012

Casada com meu melhor amigo


Capitulo 1
- O que aconteceu? Cadê meu pai? - perguntava Lua aflita.
- Luu amiga, calma. – dizia Lua com a cara nada boa.
- Como me pede calma Soh.. você me liga, dizendo que meu pai tá no hospital, e quer que eu pense o que?

- Luu .. - a amiga tentava controlar as lágrimas, o que era em vão. - Eu não queria te dizer isso. - disse com os olhos fechados.

- Soh.. - dizia com os olhos se enchendo de lágrima. - Ele.. morr.. - não conseguiu terminar a frase.

- Sim Luu.. - dizia chorando.

- Não Soh.. - descontrolada. - É mentira, me diz que é mentira?! É mentira .. - dizia chorando, tentando se convencer de suas próprias palavras.

Lua e Fernando nunca tiveram uma relação para de pai com filha muito boa, pois Lua culpara a vida toda seu pai pela morte de sua mãe Blanca, naquele acidente de carro á exato cinco anos atrás. Se lembrara muito bem de seu pai, embreagado pela festa de vinte e cinco anos de casamento dos Rubbens, dirigindo em alta velocidade em uma estrada movimentada e ainda mais em um dia chuvoso. Via como se ainda fosse hoje de Blanca nervosa pedindo para ele parar o carro.

- Fernando para essa carrro. -dizia nervosa. - Antes que aconteça algo pior, homem.

Fernando não deu ouvidos a sua mãe e continuou a dirigir o carro, até que o que era temido por Blanca acontecesse, o carro da família chocou-se de frente com um caminhão. Blanca morreu na hora de traumatismo crâniano, Fernando assim como Lua sofreu alguns ferimentos, mas nada de muito grave. Desde então esse dia, Lua culpara seu pai pela morte de sua mãe e a relação dos dois era horrivel, gostava de fazer tudo ao contrário do que seu pai desejava, por pura birra. Uma atitude infantil, de criança talvez? Não importava para Lua, a única coisa que queria era confrontar o pai. Começara a viver sua vida em meio a festas, as compras, a gastar o dinheiro do pai e nada fazer da vida, viver realmente uma vida estilo Las Vegas. Mas apesar de tudo, amava muito o pai, afinal era a única família que tinha e não queria que nada lhe acontecesse.

- Senhorita Lua? - perguntou um rapaz alto e moreno.

- Sim? - virou-se para encarar o rapaz.

- Bem, em primeiro momento queria dar minhas condolências, pela morte de seu pai. – Lua apenas assentiu e virou-se para ver a imagem do túmulo do pai. - E bem, como sabe Sr. Fernando possui muitos bens, como a empresa de cosméticos Blanco e .. - foi interrompido.

- Quer falar sobre o testamento, não? - perguntou secando uma última lágrima.

- Sim.

- Pois bem .. - o encarou esperando que ele lhe disesse seu nome.

- Ricardo Sisniega, advogado de seu pai.

- Lua Blanco como você já deve saber.

- Sim, a Srta. me acompanharia para poder fazer a leitura do testamento?

- Pra que? Se já sabemos o óbvio eu ficarei com tudo e sinceramente não estou com cabeça para pensar em nada agora.

- Sim, de fato você é a herdeira oficial, mas há uma clausula.

- Clausula? - franziu o cenho.

- Sim.

- E que clausula ser essa?

- Se me acompanhar na leitura do testamento, creio que saberá.

- Se não há outro jeito, mas pode ser outro dia? realmente não estou com cabeça para nada agora, acabei de enterrar meu pai.

- Tudo bem. No escritório de seu pai amanhã, as oito horas em ponto, pode ser?

- Por mim, está tudo bem.

Como havia combinado no outro dia, as oito horas estava no escritório de seu pai, ansiosa ou melhor digo curiosa para saber qual séria a tal clausula.

- Vejo que é pontual, Srta.Lua Blanco.

- Sim, gosto de pontualidade, podemos começar logo? - perguntou rispida.

logo Micael começou com a leitura do testamento:

"Bem como sinto que não estou mais com a saudade tão boa assim como eu haveria de ter quando era mais novo, decidi por fazer meu testamento particular. Se você está lendo isso minha querida filha é por que provavelmente eu já devo ter morrido, e se morri sem ter a chance de me redimir com você pela morte de sua mãe queria que você soubesse que eu fui completo idiota, aquela noite e que apesar de tudo ninguém sofre mais do que pelo o ocorrido, pois todo dia me martilio por ter matado minha esposa querida que eu amo muito e que me trouxe você a vida.

Minha querida Luh do papai, embora passamos muito tempo separados e quando estamos juntos é sempre rodeado por alguma briga, e apesar de todas as coisas que digo, sei que não sou um bom pai para você, mas saiba que eu lhe amo muito minha filha e penso sempre no seu bem e pensando nisso, decidi colocar uma clausula para que você possa tomar posse de todas as minhas heranças e territórios que por direito são seus.

Sei que você poderá me odiar por isso, mas levando em conta a vida que leva, e como penso em seu futuro e dos meus netos que você um dia irá de ter, digo lhe que só poderá tomar posse de tudo se estiver casada e para isso terá um prazo de um mês, e se não se casar, deixo tudo para sua Tia Elvira, embora nunca fosse de meu desejo deixar tudo que levei duro a vida toda para conquistar deixar para ela, mas tirando você é a única família que temos.

Atenciosamente por Fernando Blanco."

Lua estava incrédula como seu pai poderia fazer isso com ela? Não queria se casar, mas também não queria deixar tudo que seu pai sempre batalhou duro para conseguir a sua invejosa Tia Elvira, mas casar-se não estava em questão.

- Não tem nenhuma maneira de mudar isso, por favor, me diga que tem. - suplicou.

- Sinto muito, mas não tem.

Como iria se casar em um mês? Sendo que não tem namorado e muito menos está ficando com alguém, e não poderia se quer conhecer uma pessoa em um mês, namorar com ela e então lhe pedir em casamento? Seria muito absurdo e se a pessoa aceitasse séria por motivo óbvios de interessante, e não queria se casar com ninguém por interesse e sim por amor.

- Tem que ter. - resmungou.

- Queria mesmo que tivesse Lua, pra poder te ajudar, mas infelizmente não tem ou você se casa ou a herança de seu pai fica toda com sua tia Elvira e você não tem direito a nada.

- Eu não posso simplesmente entregar os bens de meu pai de mão beijada a essa mulher invejosa e que nunca ligou e muito menos teve contato com nossa família. - suspirou passando a mão nos cabelos. - Outra eu não tenho profissão.

- Então sugiro que se case.

Nenhum comentário:

Postar um comentário