terça-feira, 27 de novembro de 2012

{FIC} Ligações Perigosas


O1. Parte 2 e O2. Parte 1


Daddy Yankee – Gasolina


O barulho do acelerador das motos à sua frente lhe causava arrepios de emoção. Oh, como ele adorava aquilo, por mais que fosse clandestino.
Muita gente reunida em uma estrada afastada e deserta da cidade. As luzes dos automóveis possantes encandeando os olhos de quem se atrevesse a olhá-los. E as motos... Ah! As motos. Todas postas em uma fila reta, cada uma mais possante que a outra e com seus corredores em cima delas, apenas esperando o momento da largada. Várias pessoas apostando em quem seria o vencedor daquelas corridas malucas e sem regras. Quem chegar primeiro, vence. Perder ou ganhar.

Oh, e a adrenalina que escapava até pelos poros? Era a melhor sensação...

De repente uma moça, usando uma roupa curtíssima foi para o meio da estrada. 




... Foi dada a largada.
160, 170, 180... Resolveu parar de olhar o velocímetro de sua moto quando o ponteiro estava prestes a marcar os 200 quilômetros.
Como sabia, ganharia aquela corrida fácil, fácil. Era a melhor em qualquer coisa que fizesse. Seu sorriso só cresceu ainda mais convencido quando escutou os assovios e gritos quando estava perto da linha de chegada.

Rugem os motores.


As motos começaram a acelerar ainda mais. Ela levantou suas mãos, segurando um lenço branco em cada uma. 


Cinco, quatro, três...

As motos aceleram ainda mais. Corações batendo acelerados. A adrenalina correndo pelas veias ainda mais. 
As mãos da moça abaixaram-se.

Luce tan bien que hasta la sombra le combina. Asesina, me domina. Janguea en carros, motoras y limosinas. Llena su tanque de adrenalina Brilha tão bem que até com sombra ela combina. Assassina, me domina. Agita nos carros, motos e limosines. Enche seu tanque com adrenalina

Os gritos só aumentaram, quando ela colocou seus pés no chão. Os cabelos Loiros esvoaçaram quando ela retirou o capacete.

Fora recebendo elogios de todas as partes. E sorrindo ainda mais convencida. Não se deu nem sequer ao trabalho de responder a tantos elogios. Seus olhos varriam todo o lugar, à procura dele.

E encontrou. Encontrou com àqueles olhos amendoados tão penetrantes. Ele estava a pouco mais de cinco metros de distância dela. Encarava-a como se estivesse despindo-a apenas com aquele olhar. E parecia que faíscas saíam dos olhos de ambos naquele momento. Um arrepio louco subiu por suas espinhas.

Ele suspirou. Estava admirando-a desde o momento em que colocou os pés no chão, na linha de chegada. Louco para saber quem era. Levou um choque quando viu os cabelos longos e Loiros. Aquele sorriso pretensioso pintado nos lábios dela só a deixava ainda mais linda e sexy. A roupa justa ao corpo, marcando as curvas de seu corpo, dando ar a imaginação dele.

Ela nem imaginava que pessoalmente ele fosse tão... Lindo. E sexy. E intrigante. E muito gostoso. E só de lembrar que para matá-lo, teria que seduzi-lo, deixou-a com mais água na boca. Aquilo ia ser muito bom.
Tudo sentido apenas com um único olhar. Oh meu Deus.
O andar singular que ela ostentava deixou-o ainda mais fascinado. Aquela calça de couro preta ligada as suas pernas, o paralisou. Deus, ele nunca havia desejado ninguém como estava desejando àquela desconhecida agora. E ela estava vindo em sua direção.

- Gostou da corrida? – perguntou, ainda com o mesmo sorriso e com o capacete debaixo do braço esquerdo.
- Gostei sim, parabéns pela vitória,Blonde! – ele sorriu simpático e ele mordeu os lábios.
- Obrigada. Eu sabia que ia deixar aqueles idiotas pra trás... – falou toda convencida – E Você só assiste mesmo? Não corre? – perguntou, andando um pouco mais, até ficar bem em frente a ele. O salto alto da bota a ajudava a ficar em uma altura favorável.
- Já corri... – suspirou – Agora não mais... Cai quando era mais jovem, resultou em pinos nos joelhos e nunca mais dirigir uma moto.
- Nossa. Que horror...
- É sim. Ai hoje, eu gosto de vir assistir... Eu me divirto muito.
- Estou vendo. – ela riu – E então, não vai me dizer o seu nome? – ele passou a língua pelos lábios, contendo um sorriso.
- Arthur. E você,Blonde?
- Lua... – ela piscou – Mas gostei de você me chamando de Blonde. Soou bastante sexy! – ela disse com os lábios próximos a orelha dele, mordeu o lóbulo logo após, causando um arrepio por todo o corpo dele – A gente se ver, bambino – desceu sua cabeça pela lateral do rosto dele, instalando um beijo no cantinho da boca pequena.

Afastou-se, jogando o longo cabelo Loiro pro lado e caminhando na direção oposta a ele, logo em seguida. Subiu em sua moto, pouco se importando com o prêmio do racha, e saiu dali, em alta velocidade levantando poeira. Deixando Arthur embasbacado e bem... Excitado.

Blonde: Loira
Bambino: Bebê, menino.


O2. Parte 1

- Foi brutalmente assassinado nesta quinta-feira Henrique Lugan. O corpo do empresário foi encontrado em um quarto de hotel, totalmente cheio de sangue com 21 marcas de facas e teve sua cabeça decapitada. A policia desconfia que...

A televisão foi desligada, enquanto o controle voava pela sala. Era Arthur, cheio de raiva. Mais um crime sem solução. Misterioso e brutal. O maldito fantasma que matava sem deixar qualquer pista. Precisava encontrar aquela pessoa. Oh sim, precisava demais.

- Arthur! – Alex, seu amigo, entrou na sala. Despertando-o.
- Oi Alex!
- Acho que você tinha razão!
- Como assim?
Esses crimes, não são perfeitos. Como nenhum é!
- Fala na minha língua, por favor. Não estou te entendendo!
- O assassino do Montangue, cometeu uma falhinha. Acharam um fio de cabelo, mandaram pro exame e... Bingo!
- Eu não acredito! – ele disse totalmente enlouquecido de felicidade – Eu não acredito mesmo! E está esperando o que? Me diga como ele se chama! Logo!
- Na verdade é ela. – Arthur franziu o cenho totalmente confuso.
- Ela? – logo em seguida uma foto fora colocada em sua frente, fazendo-o arregalar os olhos.
- E não tem nome. Quer dizer, não sabemos o verdadeiro ainda. Ela sempre se apresenta com um nome diferente.

Arthur estava em estado de choque. Deus, quanto tempo esperou mesmo para ter um rosto ou um nome para procurar? Nem ele sabia exatamente.
Mas era certo que ele não queria que aquele alguém fosse àquela da foto que estava a sua frente agora. Era a Blonde. A mulher que ele havia sonhado nos últimos dois dias e que estava desejando desesperadamente.
Boate Diesel. 22horas. Sexta.


Ela estava sentada em um dos bancos do bar e olhava atentamente o líquido claro que enchia o copo a sua frente. A música alta fazia com que seus pensamentos se confundissem. As luzes que piscavam ao seu redor, lhe davam uma espécie de tontura. As pessoas dançavam, bebiam, riam, beijavam... Ela estava no meio de toda aquela confusão e continuava a observar o copo de Vodka atentamente, como se nele estivessem todas as soluções de sua vida.

Pensava em como matar o tal promotorzinho e já estava arrumando suas coisas para mudar de país ou até quem sabe de continente. As noticias corriam e ela sabia que já estava na mira da policia. Os documentos falsos já haviam sido providenciados. E merda, ela havia sido tão burra, afinal, ele era um promotor de justiça, por quê ela foi dizer seu verdadeiro nome pra ele mesmo? Ah sim, porque era uma imbecil e não poderia mentir pra ele, não quando viu àqueles lindos olhos castanhos, não quando escutou àquela voz tão sexy... Mas aqueles eram meros detalhes, que ela pretendia não se prender. E ela iria se divertir tanto antes de matá-lo... 
Oh sim, ela iria!

- Pensando na vida? – de repente achou que estava tendo alucinações, quando escutou aquela voz perto do seu ouvido, mas ao virar sua cabeça para o lado percebeu a realidade. A mais linda, sexy e perfeita realidade.
- Na verdade, pensando no que fazer com ela... – e sorrindo aquele mesmo sorriso que o deixara louco, ela lhe encarou.
- Uma boate cheia e com música alta não é exatamente um lugar apropriado para pensar, sabe? – ele sorriu cinicamente e ela arqueou uma sobrancelha.
- Pois é, mas eu não sou tão normal, sabe? – sorriu tão cinicamente quanto ele.
- E você, o que faz aqui? – ela perguntou – Você não parece ser do tipo que 
gosta de coisas movimentadas...
- Coisas movimentadas tipo um racha de motos? 
– a pergunta a fez sorrir – As aparências enganam...

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