quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Ligações Perigosas



O2. Parte 2 e 2. Parte 3



Aquilo havia sido 
uma indireta? Se não, foi o que pareceu. Ela passou a língua pelos lábios e o 
sorriso lateral fora cinicamente pintado ali, instantaneamente. Ela tinha 
absoluta certeza de que ele já sabia que era ela a autora de todos os crimes. E 
ele podia ver o conhecimento daquela informação brilhando nos olhos 
dela.

- Sim, enganam. Afinal, quem não engana nos dias de hoje, hein? – 
ela virou seu corpo totalmente para o lado, encaixando as pernas nas dele, já 
que os bancos do bar eram bem próximos.
- É, você tem razão. Eu lido com 
mentirosos o tempo todo.
- Interessante. Você nunca me disse o que faz da 
vida... – ele arqueou uma sobrancelha e sorriu.
- Você tem certeza que não sabe?
- Você não me disse, como vou saber?

Ele sorriu mais, balançando 
a cabeça. Deus, por quê aquela maldita mulher tinha que ser uma maldição 
tão sexy e tentadora?

- Você sabe que eu vou te colocar logo, logo na 
prisão, não é? – ela arqueou a sobrancelha, sorrindo.
- Jura? – levou o dedo indicador até o peitoral dele – E porque você não me pega agora mesmo?
- 
Blonde, brincadeiras com fogo, queimam! – o tom da voz dele era de 
alerta.
- Eu amo me queimar, bambino. – ela mordeu os lábios e ele 
estreitou os olhos. Aquilo estava se tornando perigoso e muito, muito bom. 
Eles ficaram se encarando durante alguns longos segundos. Ele estava 
louco para tirar aquele sorriso presunçoso dos lábios dela, de uma 
maneira bastante interessante: Beijando-a. E bem, ela estava esperando 
apenas por isso.

- Você não devia ser tão tentadora, sabia? – falou entre dentes, aproximando o rosto do dela, quem sorriu ainda mais.
- E você não devia ser tão gostoso, sabia? – disse em troca, já sentindo seus hálitos se misturando.
- Se nos vêem juntos, eu estou ferrado! – sorrindo igual a ela, ele disse.

Ela
não lhe deu nenhuma resposta propriamente dita, apenas pegou-o pela 
mão. Ele também não perguntou, apenas levantou-se, sendo arrastado pela 
boate, até um canto escuro, onde as luzes mal chegavam. Ela o encostou 
na parede, se pondo em frente a ele.

- Aqui ninguém pode nos ver. Então, você vai me pegar agora ou o quê?

A resposta para essa provocação? Foi um beijo que incendiou todo o corpo 
dela, acendendo cada parte de seu ser e fazendo vibrar todas as células,
até as menores, de seus corpos.
Oh oh baby – Britney Spears.


As
línguas se encontraram e em um ritmo quente começaram a se mover em
suas bocas. As mãos de ambos não tardaram a darem o ar da graça. As dele
já passeavam deliberadamente por todo o corpo dela, apertando-a
fortemente, por onde passavam. Ela tinha as suas projetadas na nuca
dele, e a cada aperto que ele lhe dava, ela puxava-lhe o cabelo e mordia
o lábio inferior.

A mão esquerda dele desceu diretamente para a
coxa descoberta dela, apertou a região, sentindo a pele dela queimando
em baixo de sua mão, ele sorriu, puxando o lábio inferior dela com os
dentes, arrancando um gemido baixo dela. Gemido esse que incendiou o
corpo dele ainda mais, se é que isso é possível. A cabeça dele, desceu
diretamente para o colo desnudo, mordendo levemente. Enquanto as mãos
iam diretamente para a bunda dela. Fazendo-a enlouquecer, ainda mais.
Ela espalmou as mãos no peito largo dele, descendo-a em direção a barra
da camisa, adentrando a peça e alisando aquela região, que ela não
sabia, mas estava formigando por um toque seu. Ela subiu e desceu suas
mãos por toda a extensão do peito dele, fazendo-o gemer rouco em seu
ouvido.

- Não provoca! – ele sussurrou e ela sorriu.
- Quem está provocando?

Creditos: Roberta Cabral

O2. Parte 3


E oh Deus, aquele maldito sorriso não saia daquela boca malditamente 
saborosa. Ele apenas beijou-lhe outra vez, enquanto erguia uma das 
pernas dela, fazendo o curto vestido que usava deslizar deixando a coxa 
totalmente a mostra. As mãos dele não tardaram a acariciar a parte 
interna, chegando até a virilha dela e voltando. Ela gemia entre o 
beijo, enquanto seu corpo estremecia e ela apertava os ombros dele, 
fortemente.


E mais beijos. E mais gemidos. E mais sussurros.

Ele acariciava ferozmente os seios dela já enrijecidos por baixo do vestido, enquanto ela gemia em seu ouvido. Deixando-o louco.


-
Se continuar nesse ritmo eu não vou agüentar e vamos cometer uma 
loucura aqui mesmo! – sussurrou, mordendo o lóbulo da orelha dela.

- Eu amo loucuras! – a voz dela saiu rouca e ela mordeu a bochecha dele – Te quero aqui e agora!

- Estamos num lugar inapropriado!


Ela
não disse nada, apenas empurrou seus quadris em direção aos dele, 
podendo sentir toda a ereção dele já bem presente e visível. Ele soltou 
um gemido e ela riu.


- Vai dizer que nunca transou com um desconhecido num canto escuro de uma boate? – perguntou com um tom totalmente safado.

- Claro que não! – ah, ele era mesmo um santinho.

-
Bem, pra tudo tem sua primeira vez! – empurrou novamente seus quadris, 
chocando-se com os dele – Eu não aguento ir para um lugar apropriado – e
então, fez Arthur quase sair voando, descendo sua mão até o membro
dele, alisando por cima da calça – E pelo visto, nem você!


Ele soltou um rugido, enquanto respirava fundo. O resquício de consciência que ainda restava nele, havia evaporado. 

As suas peles estavam ardendo. Seus corpos ansiando por um contato maior.


- Você ainda vai ser a minha morte! – ele sussurrou, invertendo as posições, colocando-a encostada na parede. Ela sorriu.
Oh sim, ela iria ser.


Ele
subiu o vestido dela, enquanto ela desabotoava a calça dele. Ele levou 
seus dedos, até o centro do corpo dela, fazendo-a gritar. Todos os sons 
abafados pela alta música.


- Mas eu posso acabar gostando disso! –
completou, enquanto fazia movimentos circulares na intimidade dela, 
deixando-a trêmula, ofegando e enlouquecidamente querendo mais. Muito 
mais.
- Eu quero você. Agora! – disse com uma voz totalmente rouca.


Ele
não esperou mais. Ergueu uma perna dela, penetrando-a de uma só vez. 
Satisfazendo o desejo desenfreado que possuíam um pelo outro. Matando de
vez a vontade de se terem.


O que tinham em comum? Era o fogo 
crescente que ardia no interior de ambos a cada milésimo de segundo. A 
vontade louca e ao mesmo tempo maravilhosa de se entregarem um ao outro.
Sem medo de nada ou de ninguém. Sem pensar nas conseqüências que aquele
desejo lhes traria. Sem pensar absolutamente em nada.
E oh, eles precisavam desesperadamente um do outro.


- Mais! Eu quero você mais forte! – e ele? Ele obedeceu. Ele daria tudo o que ela lhe pedisse.


Empurrou
mais forte dentro dela, quem procurou os lábios dele. O beijo fora 
totalmente correspondido. Estavam alucinados, loucos, suados, 
necessitados. Pegando fogo. Perigosamente pegando fogo.


O 
sussurro satisfeito saiu ao mesmo tempo. Os corpos estavam trêmulos e 
estavam vendo estrelas em sua frente. Uma euforia que jamais haviam 
sentido até aquele momento. Um prazer que nunca fora alcançado até 
aquele exato momento.
Uau! – fora o que ela conseguiu pronunciar,
deixando sua cabeça cair na curva do pescoço dele.


Os corpos se acalmavam de toda a euforia, suas respirações voltavam ao normal
aos poucos e as estrelas que estavam vendo, iam sumindo gradativamente.

Ambos soltaram um gemido manhoso, quando os corpos foram desconectados.


- Uau mesmo! – ele disse, respirando fundo – E eu sou um louco sabia? – soltou
o ar pesadamente.

- Ah, não se trate dessa forma! – riu de forma debochada.

- Como não? Eu acabei de transar com uma... Assassina! – ela não pôde se
conter de nenhuma maneira e gargalhou, arqueando a sobrancelha e o olhando da
forma mais sínica que uma pessoa pode olhar para alguém.

- E eu acabei de transar com um promotor de justiça, ora veja, não
estamos em situações muito distintas, hein?

- Sínica! – falou entre dentes – E você vai ser presa! – foi a vez dele de
sorrir sinicamente.

- Se você está dizendo... – ela deu de ombros – Mas se eu fosse você, eu
cuidaria de me prender logo agora...

- Eu julgo, não prendo. – ele falou calmamente, pincelando a bochecha dela – E
com certeza estarei no seu julgamento.

- É, vamos ver! – disse toda misteriosa e suspirou – Eu já vou indo! – o
empurrou e saiu, mas ele a puxou, fazendo voltar e chocar-se com seu peito.

- Espere! – sussurrou – Onde eu posso te encontrar? – ela sorriu.

- Pra me prender?

- Não...

- E por que você quer saber onde encontrar uma assassina se não for para
prendê-la?

- Eu quero me divertir antes de te colocar na cadeia! – então eles estavam
quites, ela pretendia se divertir antes de matá-lo


- Anote meu telefone! – disse o número, enquanto ele anotava no celular. Quando
ele levantou a cabeça para lhe perguntar o nome, pois não sabia se era mesmo Lua,
ela havia sumido. Ele sorriu.

- Eu estou definitivamente ficando louco! – sussurrou para si mesmo, colocando Ela
na agenda, para o numero que havia acabado de anotar.

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