terça-feira, 27 de novembro de 2012

O Professor



Cap - 08


 
"Ele tem fama de galinha e conquistador".

"Sua namorada também, e isso não parece incomodar você".

"Não precisa ofender a Pérola".

"Não estou ofendendo-a, estou dizendo a verdade, além do mais, você ofendeu o Arthur primeiro. Você não o conhece Pedro, não o julgue".


"Estou apenas mostrando como me preocupo com você".


"Eu agradeço muito, mas já tenho um irmão, e além de tudo, Arthur é perfeito pra mim, ele me faz sentir como nenhum outro jamais conseguiu".

"Nossa Lua, achei que tínhamos tido um relacionamento legal, eu me lembro com muito carinho do que tínhamos".

Ela sorriu.

"Ora Pedro, mas eu não disse o contrário, apenas estou dizendo que não precisa se preocupar comigo, afinal creio que não poderia estar em melhores mãos - ela disse e depois rolou os olhos - E que mãos - Baixou o tom de voz para dizer isto, mas Pedro ouviu.
"Creio que você saiba o que faz. - ele disse descontente - Bom, espero mesmo que ele seja bom".

"Ah ele é...Sim ele é bom, muito bom. Em todos os sentidos que possa imaginar".

Lua retornou do almoço e foi direto para sua sala, ainda sentia o vigor da felicidade, apesar do desprazer de encontrar seu antigo noivo.

Sentou-se em sua cadeira e inclinou-a um pouco.

Quase um mês já se passara desde que ela começou a se encontrar com Arthur, em breve o acordo estaria terminado, ela o pagaria e estariam livres para seguir suas vidas.

Ela estaria livre para por sua vingança em prática.

Um leve desconforto revirou seu estomago quando pensou em transar com Pedro de novo.

Tinha certeza de que não sentiria nada.
Sim, Pedro a satisfazia, mas isso fora no passado, fora antes de Arthur.

Depois de ter conhecido a intensidade do prazer verdadeiro e suas varias facetas, como ela se sentiria com mais do mesmo? Por que era tudo o que Pedro poderia lhe dar, nada mais que alguns breves minutos de uma copula ritmada, como se ele ensaiasse e repetisse os mesmos movimentos sempre.
Percebeu ali que não estava mais interessada em se vingar de Pedro, sequer cogitava mais a idéia de dormir com ele.

Percebeu também que falara a verdade quando lhe dissera que se sentia agradecida por terem terminado. Realmente sentia.

Não fosse o fim daquele noivado ridículo, ela jamais teria se aproximado de Arthur.

Virou a cadeira de costas para a porta e começou a rodá-la.
Sorriu ao lembrar o que aquele moreno russo estava conseguindo dela. Solta-la por completo. Só de imaginar que apenas naquela manhã tivera de fazer um esforço enorme para não ligar para ele e repetir a façanha da noite passada, aquilo tudo lhe fazia rir.

Arthur era incrível.

Suspirou intensamente e ouviu algumas batidas na porta.

"Entre"

Ela disse, mas havia um tom de irritação na voz. Por que sua secretária não lhe telefonara primeiro?

A porta se abriu, mas Lua não olhou para ela. Apenas continuou a rodar a cadeira de costas.
"De mau humor depois da performance de ontem cachinhos dourados? O que poderia te deixar mais feliz?"

Ela ouviu aquela voz recheada de sotaque às suas costas e seu coração disparou. Antes mesmo que se virasse o sorriso já habitava seu rosto.
"Arthur".

Ela disse simplesmente.

Os olhos deles se encontraram, haviam choques intensos no ar.

Ela se levantou e rodeou a mesa, ele continuava parado, apenas olhando-a com uma expressão indecifrável.

Ela também o encarou, seu sorriso se desfez, mas não a alegria dentro de si.

Estavam apenas a alguns metros de distância um do outro.

Arthur a olhava com intensidade.

Ele mesmo não compreendia os sentimentos que haviam se apossado dele. Deveria ter ido descansar após uma longa e exaustiva viagem, para então depois ocupar-se de telefonar a Lua, mas foi mais forte que ele, precisava vê-la com urgência.

Uma vez lá, ele decidira apenas entrar e conversar um pouco, talvez soltar algumas farpas para vê-la constrangida, nada mais que isso.
Mas seus planos desmoronaram no instante em que a viu sorrir.
Ele não soube responder por seus atos, ela não queria que ele explicasse.

Apenas aproveitou quando sentiu as mãos grandes e fortes puxando-a sem qualquer delicadeza para depois ser envolvida num abraço caloroso. Logo em seguida sua boca foi capturada num beijo desesperado, carregado de ânsia e saudade.

Os lábios dele se moviam sob os dela com fervor, a língua dançava em sua boca buscando tudo o que pudesse obter e em segundos ele a deixou em chamas.

"Arthur..."

Ela disse já ofegante.
"Senti sua falta - ele falou com a voz ambargada - Nossa, como eu senti sua falta."

Arthur a suspendeu nos braços e andou com ela até achar a parede lateral, pressionou-a e desceu os lábios pelo pescoço.

"Seu cheiro...É tão delicioso Lua..."

"Ahh"

Ela ofegou quando ele estampou um chupão em seu pescoço. Ficaria uma bela marca, e ela sabia disso, mas quem se importa? Foi o que ela disse a si mesma naquele momento.

Realmente não se importava, nada mais importava a não ser aquelas mãos grandes e experientes que haviam saído de sua cintura e agora estavam dispostas em suas nadegas e pernas. Sentiu sua perna direita ser levantada e a saia veio junto aumentando o contato e fazendo-a perceber que ele já estava ereto.
Lua agradeceu aos céus por ter escolhido aquele vestido, leve e soltinho. Agora podia sentir as mãos de Arthur acariciando toda a sua perna.
Ele remexia-se contra ela com rapidez, parecia com pressa. Os beijos estavam mais fortes e mais intensos.

"Arthur...Ai..."

Ela gemeu quando ele mordeu seu pescoço mais uma vez.

"Eu quero você"

Ele disse ofegante e a fez arregalar os olhos.

"Aqui?"

"Sim aqui".

"Mas Arthur...estamos... no meu escritório...alguém pode".
"Tranquei a porta, não atenda o telefone"

Ele falava sem interromper os beijos que distribuía por onde estava descoberto.
"Se eu não atender Arthur...A Marie chama a segurança"

"Ela é de confiança?"

"Sim"

"Ótimo, então diga a ela que não quer ser incomodada"

Ele voltou a atacar seu pescoço e por isso não viu o rubor que assumiu seu rosto.

"Ela saberá...que nós..."

"Acho que ela sabia Lua, desde que me viu entrar".
Ele separou-se dela a muito custo e pegou-a pela mão levando-a até a mesa, colocando-a perto do telefone.

"Vamos Lua, faça. Você também quer".

Era sempre assim agora, ela simplesmente não conseguia conter os impulsos. Principalmente se tratando de Arthur e de seus pedidos eróticos.

Ela se viu pegar o telefone e dizer exatamente aquelas palavras:

"Marie, não quero ser incomodada, segure todas as ligações até que eu retorne pra você".

Ela corara sabendo o que devia estar se passando na cabeça de sua secretária agora, porém a boca deliciosa de Arthur em sua nuca dissipava qualquer pensamento.

Ele a virou de frente para si e em seguida com um único movimento a sentou sobre a mesa capturando sua boca me seguida.

"Nossa Lua, você está me enlouquecendo sabia? - ele disse com a voz rouca e sensual que a fez estremecer - Quase surto ontem só de imaginar a cena, você naquela cama se tocando...Nossa!"

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