domingo, 2 de dezembro de 2012

O Professor


Capitulo 12
 
"Não acredito minha querida, me perdoe, não a estou chamando de mentirosa, mas sei que alguém te fez chorar. Eu conheço você. Quem foi Lu?"

"Ah Arthur, deixe isso de lado, não vamos estragar nossa noite com bobagens".

Ela tentou se afastar mas ele a deteve pelo braço.

"Ninguém vai estragar nossa noite. Mas você vai me disser o que houve."
"Arthur de que adiantaria eu te contar o que houve?"

"Namorar implica em dividir os problemas com o outro meu anjo - ela abriu a boca para retrucar, mas ele a interrompeu - Não adiantar reclamar, já lhe disse que você é minha, não importa o que diga, esta é sua posição na minha vida neste momento. Agora ande, me diga o que te aflige".

"Bem...Prometa-me que não vai arranjar nenhuma briga por isso".

No mesmo instante Arthur se viu mais vermelho do que já estava.

"Pedro Cassiano" - ele sibilou com raiva.
"Arthur..."

"O que aquele porco te fez?"

"Se você não se acalmar, eu não vou contar".

"Estou calmo. Diga-me o que ele te fez".

"Pedro está obsessivo com a idéia de que você está me usando e quis hoje cedo em alertar para isso. Como não dei ouvidos ao que ele me disse, ele veio até aqui para falar de novo. discutimos por isso e ele...bem ele me disse umas coisas que não gostei e eu...lhe dei um tapa."

Arthur arregalou os olhos.

"Você estapeou o Pedro? O que ele te disse pra você perder o controle deste jeito?"

"Ele...Ele me chamou de prostituta".

"Ele o que? ele fez que?"
"Arthur...Por favor."

"Ele teve a audácia de...Eu Vou matar aquele filhinho de papai desgraçado".

Lua encolheu-se diante do acesso de fúria dele.

"Não queria que brigasse por isso Arthur".


Ela disse ainda insegura. Ele viu a apreensão nos olhos dela e decidiu que poderia resolver este problema com Pedro depois. 

"Lua...Tudo bem...Tá tudo bem, vem cá, me abraça - Ele estendeu os braços e ela os aceitou. - Não precisa se preocupar tá?

Ela assentiu.

"Vem, vamos aproveitar nossa noite.

Ele passou o braço em torno do pescoço dela e saíram.

Hoje ele iria desfrutar da noite que preparou para ela, amanhã iria ensinar Pedro a respeitar sua mulher.
Lua imaginou mil coisas, mil programas distintos os quais Arthur poderia fazer com ela. Cogitou coisas românticas tanto quanto as mais intensas, mas nada do que ela pensou, se encaixou na realidade do que ele preparara.
Ele manobrou o carro e parou na entrada de um prédio com letreiros luminosos.

"Não leia as placas, quero que seja uma surpresa quando você entrar lá".

Ela sorriu.

"Eu te disse que você está maravilhosa neste vestido?"

"Se disse eu não ouvi" - ela retrucou sedutora.

"Você está um espetáculo para os meus olhos. "

" E você é um sedutor barato"

Ele sorriu.

"Um sedutor barato que está louco para seduzir você. Vem comigo"

Ele a puxou para dentro.
Lua arregalou os olhos quando viu onde estava.
De todos os lugares possíveis que ela imaginou aquele nem ao menos constara em sua lista.

Estavam num cassino.

Não era um enorme Cassino, mas uma casa de jogos de médio porte. Ainda assim era no mínimo peculiar.

"Arthur...O que estamos fazendo aqui?"

Ele sorriu

"Vamos jogar"

Disse simplesmente

"Mas não há ninguém aqui além de nós"
O Local estava completamente vazio.

"Essa era a idéia. Não creio que gostaria de compartilhar nosso jogo com mais alguém".
"Sempre penso estar preparada para as suas surpresas, mas a verdade é que nunca deixo de ficar aturdida com o que você prepara. - Ela disse sorindo - Quais os seus planos Sr Aguiar?"

"Vamos jogar minha querida, eu te disse."

"Sim, mas suponho que você não pretenda mesmo jogar cartas a noite inteira pretende?"

"Ah não, claro que não. Tenho um jogo mais excitante em mente. Vê esta máquina? - Ele apontou uma caça níqueis e ela assentiu - Pois bem, ela seja a juíza do nosso jogo".

Ele depositou várias fichas numa mesa perto dela.

"Veja, esta máquina é uma caça níqueis, para vencer você precisa de sorte. Até onde vai sua sorte Lua?"
Ela arqueou a sobrancelha.

"Vamos jogar, cada vez que alguém errar a combinação, tem que tirar uma peça de roupa."

Lua riu.

"Sabia que não havia nada de inocente neste jogo. O que acontece quando não houverem mais roupas?"

"Jogamos uma ultima vez, e aquele que perder deve realizar um desejo do seu parceiro. O que acha?"

Ela lambeu os lábios.

"Interessante. Excitante".
Ele lhe estendeu uma ficha.

"Comece".

Lua pegou e foi até a maquina. Rodou a manivela e errou a primeira combinação.

Arthur exprimiu um riso safado.
Ela o encarou maliciosa.

"Eu escolho o que tirar ou você me diz o que fazer?"

"Pra ficar mais interessante, vou deixar a seu critério".

Ela sorriu.

"Se você fosse escolher, o que me mandaria tirar?"

"Se eu fosse escolher, este jogo não duraria dois minutos, mandaria que você tirasse a calcinha".

Ela sorriu.

"É por isso que vou começar com as sandálias".
Arthur maneou a cabeça observando-a retirar as sandálias de salto devagar.

"Você é cruel Lua. Mas pode apostar o que quiser comigo, em algum tempo, você estará sem nada para mim."
"Confia tanto assim na sorte?"

"Digamos que é uma premonição".

Ela riu alto.

"Então prove sua teoria. Jogue".

Sem tirar os olhos dela, Arthur apostou a primeira ficha e errou.

"Parece que a sua sorte não está melhor que a minha".

"É, parece que não".

Ele tirou a camisa mostrando os músculos definidos.
"Você está em vantagem, eu uso menos roupas que você".

"Neste momento também não uso muita coisa, ainda assim creio que em breve eu farei um pedido".

"Não conte com isso. Quem fará o pedido sou eu. Agora jogue".

Lua apostou a segunda ficha e errou de novo.

Para enlouquecer Arthur ela se afastou um pouco olhando-o nos olhos.

"Vou realizar seu desejo".

Levou as mãos pra baixo no vestido e tirou a calcinha.

Ele estava vidrado. O vestido ainda lhe cobria o corpo, mas ele conseguia visualizar.

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